domingo, 7 de abril de 2013

MEDITAÇÃO PARA PURIFICAR OS QUATRO CORPOS INFERIORES DO SER:



MEDITAÇÃO PARA PURIFICAR OS QUATRO CORPOS INFERIORES DO SER
Quando nos esforçamos por viver a senda do bodhisattva, podemos, por vezes, sentir-nos oprimidos pelos nossos votos e pela grandeza da tarefa.
Portanto, precisamos manter a nossa perspectiva espiritual e saber que com Deus todas as coisas são possíveis. Depois, devemos recorrer à infalível natureza búdica do nosso coração.
Comece por visualizar um Buda meditando dentro do seu coração. Sinta os anéis dourados de paz e sabedoria que ele irradia.
Incline-se perante ele e peça ajuda para superar os obstáculos. (Pode nomear situações específicas.) Ele sorri e levanta as mãos, fazendo mudras circulares para dirigir e fazer coalescer toda a energia da vida no núcleo do átomo do ser. Sinta esta ação interior e compreenda que este é o seu microcosmo do ser.
Entre no núcleo desta concentração de luz comprimida no seu coração como se estivesse entrando num globo de madrepérola translúcida. Você se sente confortável neste reino palpitante de vida e das maravilhas de Deus.
No centro deste reino, você encontra um belo rubi e um trono cor-de-rosa. Sente-se neste trono com todo o cuidado e comece a fase seguinte da sua meditação.
Concentre-se no rubi de fogo e no lótus rosa do seu coração. Sinta o calor e deleite-se na beleza intrincada e na fragrância desta divina flor de lótus. No centro do lótus está uma bela joia de cristal que reflete luz e todas as cores do arco-íris.
Através do olhar transcendente e impessoal da sua natureza búdica que está no centro do lótus, observe os resultados das suas ações passadas.
Examine bolsões de desarmonia e confusão em que você se deixou enredar e no consequente carma negativo que você gerou através dos seus quatro corpos inferiores, o etéreo, o mental, o emocional e o físico. Este carma é como poeira, teias de aranha e detritos que atravancam o lar da sua alma.
A partir da sua perspectiva divina, você compreende que esses quatro corpos inferiores são câmaras de consciência. Visualize-as como quatro níveis de uma casa. O corpo físico corresponde ao porão e aos alicerces.
O corpo emocional está relacionado com as atividades familiares que têm lugar no piso térreo. O corpo mental representa a sua contemplação e as atividades da sua mente no escritório do primeiro andar. E o corpo etéreo, no segundo andar ou no sótão, representa os registros do passado e a matriz do seu futuro.
Um corpo funde-se com o seguinte à medida que você sobe, passo a passo, a escada em espiral que o leva do porão à claraboia. Quando você atinge a claraboia, os raios de sol revelam o caminho brilhante por onde se regressa ao centro, a câmara secreta do seu coração.
Nessa câmara, você vê uma escadaria em espiral que vai até as estrelas e é construída com a chama trina, o fogo sagrado que transforma a consciência humana na consciência divina.
De pé, nas escadas, examinando a casa onde a alma habitará durante algum tempo, você vê teias de aranha no sótão e nas salas, várias miudezas, fotografias e álbuns — uma amostra da personalidade e da psicologia dos membros da casa.
Você vê os registros da vida de família nos momentos mais felizes, nos momentos difíceis e dolorosos, e o desenrolar do sempre presente carma.
Você também vê aquilo que impede a budicidade de cada um. Entristecido pelo negativismo que existiu nesse lugar, você diz a si mesmo: O que esta casa precisa é de uma transformação e de uma limpeza espiritual.
Agora, na sua meditação, projete para cada canto da casa, para todas as reentrâncias, luz! luz! luz! Você é como uma criança atirando bolas de neve para cima e para baixo, para a direita e para a esquerda.
Você está lançando esferas de luz para todos os cantos da casa, para todos os níveis dos seus quatro corpos inferiores.
As bolas de neve que se desfazem como luz dourada de fogo estelar iluminam e transformam tudo. Lance as suas bolas de neve de luz nos bolsões de carma negativo e veja-os dissolverem-se na alegria e no perdão.
Lance essas puras bolas de neve douradas sobre matrizes de dureza e de hábitos destrutivos. Lance-as sobre o sentimento enganador que abafa todas as intuições do coração e as suaves chamadas de atenção da criatividade da alma.
Depois veja as salas reluzentes de limpeza e brilhando com luz.
Agora você pode redecorar a sua casa e infundir-lhe uma nova vida. Distribua os enfeites e os quadros. Embeleze as salas com plantas, flores e altares.
Encha a sua biblioteca com volumes antigos sobre sabedoria espiritual, ensinamentos sobre os anjos e sobre os Budas.
E adorne a lareira, onde a chama arde perpetuamente em memória do Buda Dipamkara, que, através da sua chama trina, reacendeu a vida de um planeta e toda a vida.
Enquanto se deleita na luz da chama trina, crie uma visão dos seus quatro corpos inferiores como sendo uma Shambhala viva, um templo vivo dedicado ao Buda e à consciência crística.
Enquanto você mantém essa visão de perfeição, reconheça que na união da chama você é o poder, a sabedoria e o amor transformadores desse lar que se tornou agora no seu retiro espiritual.
do livro Mensagens de Buda 
Elizabeth Clare Prophet
Summit Lighthouse Press







sábado, 6 de abril de 2013

NATUREZA HUMANA:

NATUREZA HUMANA


A partir do momento que o ser humano despertou para uma consciência interior, através do espanto de si mesmo e de tudo o que o rodeia, iniciou-se o um processo evolutivo que o levou à questão de pensar a emoção e a razão, enquanto bases mediadoras para uma vida melhor. Tomar consciência de si mesmo, é isso ainda nos dias de hoje. As questões: Quem sou eu? O que faço aqui? De onde vim? Para onde vou? Existe um Deus? Porque estou a pensar isto? Porque fiz isto? Etc.

Este processo intuitivo mais tarde veio a ser denominado pela Filosofia como um processo Metafísico. Entende-se como um processo Metafísico aquilo que está para além da lógica, aquilo que não precisa de ter nada como referência para se chegar onde se chegou, como que se tratasse de uma condição humana transcendente, que apenas pode ser pensada pela razão. Este tema central da Filosofia pode ser mais fortemente analisado em várias obras, desde Aristóteles até aos filósofos contemporâneos, então deixo ao seu critério o aprofundar mais deste tema, para que não fujamos à questão central que hoje aqui é exposto.

Nesse processo Metafísico levantam-se imensas questões, e inicia-se um longo caminho em busca de verdades ou explicações sustentáveis. E assim facilmente chega-se à necessidade de criar um conjunto de regras morais, baseadas na forma correta de gerir esse sentimento, que é estar vivo e ter consciência disso. E o maior desafio dá-se, a partir do momento que, percebemos que não estamos sozinhos aqui, e que outros seres semelhantes também estão nesse mesmo processo, e que a nossa relação com o mundo também inclui, a nossa relação com os seres da mesma espécie, ou seja outros humanos como nós, e que esse encontro ocasional ou premeditado pode nos trazer felicidade ou simplesmente arruinar a nossa vida. É neste contexto que surge nos antigos gregos, a noção de problema de saúde, provocada pelo que eles chamavam de vício, e que posteriormente foi transformado em pecado pelos pensadores da Igreja Católica.

Na antiga Grécia entendia-se como vício toda a ação humana que provocasse um estado contrário ao estado de felicidade, ou seja aquilo que não é um bem para si mesmo, apesar de na primeira aparência o parecer ser. É exatamente isto, que deu origem aos sete pecados capitais, segundo a visão católica. Na realidade quando tomamos consciência das nossas fragilidades humanas, na maioria dos casos tornamo-nos mais fortes. Podemos assim entender que o conceito de pecado teve na sua origem uma intenção de alerta ou prevenção acerca de alguns processos Metafísicos humanos que necessitavam de alguma ponderação, correção ou mesmo evitá-los na sua totalidade. E a questão central inicia-se aqui, pois a intenção parece-me de grande nobreza mas será que o método foi o mais nobre? Decididamente não. É como dizermos a uma criança de 3 anos, que não mexa na jarra que está em cima da mesa, se não ela pode-a partir, aquilo que vai provocar exatamente, é a curiosidade da criança para tocar esse mesmo objecto.


E qual a arma mais eficaz, e mais rápida de travar um ser humano? O célebre Medo! E aí aparece a outra versão, que é dizer à mesma criança, não mexas na jarra se não vou-te bater ou colocar-te de castigo! E com isto formamos pessoas baseadas em medos, e não em consciência e esclarecimentos adequados das consequências dos seus atos para com eles mesmo, e para com os outros. Na realidade o que é que nos tem sido incutido no nosso espirito? Exatamente isso mas de outra forma, não faças isso porque é pecado e vais para o inferno, o "não" sempre aparece, inclusive nos 'dez mandamentos' e mostram-nos ainda que o inferno é um lugar temível, pior que uma palmada ou um castigo.


Não existe nenhum conceito de educação, moral ou ético eficaz, se não for baseado no esclarecimento, pois não basta dizer não faças, é necessário um processo de esclarecimento mais humano para entendermos o porquê de uma negação. Usando um termo mais filosófico, todos os humanos enquanto tal, estão expostos a naturezas de virtudes ou de vícios, como que existisse uma animalidade que contrária a consciência e a afeta, quando ela mesmo se manifesta. E com isto chegamos ao clássico conceito do bem e do mal, mas não vou desenvolver esta questão, apenas achei importante para nos posicionar no contexto. Onde será então que o [pecado] foi mal explicado? Parece-me bastante clara a resposta a esta questão, pois formar pensadores conscientes da sua própria realidade, é algo do campo da Filosofia e não da Religião, porque formar filósofos exige muito mais esforço do que formar seguidores ou crentes de uma determinada ideologia religiosa, e além disso dá menos lucro, seja ele um lucro econômico, ideológico ou social. E a partir daqui desencadearam-se durante milênios, conflitos entre Filosofia, Religião e Política. E com isso existe legitimidade para perguntar, se o conceito de pecado existe há mais de dois mil anos, então porque ainda continuamos a agir como agimos? Será culpa de quem ensina, de quem aprende ou do método? Ou será que não é para aprendermos? Será que o “inferno” não convive com a ideia de não ter lá ninguém, e também ele precisa de seguidores para continuar a subsistir? A resposta é óbvia, precisamos de compreender mais da natureza humana para ter a capacidade de administrar as fragilidades a que estamos expostos enquanto humanos que somos, e não apenas por medo ou por condição imposta socialmente ou moralmente. Todos sabemos que quando movidos pela emoção desmedida cometemos as maiores atrocidades contra nós mesmos ou contra os demais. Então o vício (toda a ação humana que provoca um estado contrário ao estado de felicidade) é parte de nós, e de fato podemos viver melhor tendo a consciência disso e não apenas nos retrair por não saber como lidar com esta questão.


Muitos seriam os exemplos, pois também muitos são os hábitos que nos desviam de um estado de felicidade, (sejam físicos ou emocionais), mas ainda hoje todos eles são usados como forma de manipulação individual e coletiva. Será que existe uma solução? Existe sim. Conheça-se a si mesmo e não se limite a aceitar que errar é humano ou que é uma vítima do vício, dessa forma você estará a perceber quando este ser movido pela razão ou pela emoção precipitada pode prejudicar ou não a si mesmo. Vamos considerar este processo algo como, pensar antes de pensar, como que um espaço intermediário entre o ser e o não ser, o fazer e o não fazer, e qual a razão desta necessidade. A Filosofia não visa apenas dar respostas, mas antes formular perguntas de forma adequada e sem medos, para que seja trazida alguma luz ao esclarecimento da consciência.

Fonte - www.fontesdeluz.blogspot.com
Por Mavi Hostettler/www.essencia.ning.com
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EQUILIBRAR A VIDA MATERIAL E ESPIRITUAL:




“O material e o espiritual não são senão duas partes do mesmo universo e da mesma verdade. Ao salientar excessivamente uma parte ou outra, o homem deixa de obter o equilíbrio necessário para o desenvolvimento harmonioso. (...) Pratique a arte de viver neste mundo sem perder a paz mental interior. Siga o caminho do equilíbrio para alcançar o maravilhoso jardim interior da Autorrealização.

Assim como Deus é onipresente no cosmos, mas não é perturbado por sua variedade, também o homem – que como alma é o Espírito individualizado – precisa aprender a participar desse drama cósmico com a mente perfeitamente disposta e equilibrada.

O aspirante espiritual deve contrabalançar a atividade material, que produz inquietude, com a meditação espiritual, que produz tranquilidade.

Aprenda a ser bastante ativo neste mundo e executar um trabalho construtivo. Mas quando tiver acabado de cumprir seus deveres, desligue seu motor nervoso. Retire-se para o centro de seu ser, onde está a tranquilidade. Afirme mentalmente para si mesmo: “Estou tranquilo. Não sou um simples mecanismo nervoso. Sou o Espírito. Embora more neste corpo, não sou afetado por ele”. Se você tiver um sistema nervoso tranquilo, terá êxito em tudo o que empreender e, acima de tudo, terá êxito com Deus.”

(Paramahansa Yogananda